“Sonhando, resistindo e lutando, com Ternura, Teimosia e Transformação…”
O que dizer do Grito dos Excluídos e Excluídas, que está na sua 27ª edição?… Antes de tudo, acreditamos que o nosso Grito dos Excluídos e Excluídas é um sinal de Ternura, Teimosia e Transformação, especialmente num contexto de perdas de direitos e genocídio em massa. Já são mais de 580.000 mortes por covid-19. Faz-se necessário sermos profetas e profetisas, no anúncio, na denúncia e no testemunho do Evangelho de Jesus de Nazaré.
O 27º Grito dos Excluídos e Excluídas, com o tema “Vida em primeiro lugar” e o lema “Lutamos por participação popular, saúde, comida, moradia, trabalho e renda, já”, situa-se no processo da 6ª Semana Social Brasileira, num grande Mutirão pela Vida, por Terra, Teto e Trabalho. Integra-se também às resistências e lutas, que vão crescendo em nosso país: vacina no braço e comida no prato! Fora Bolsonaro e Mourão! Não à necropolítica, e Sim à Melhor Política, que o papa Francisco se refere na carta encíclica Fratelli Tutii sobre a fraternidade e a amizade social, cap.V.
Aqui em Roraima, nos conectamos com os 3 T’s do nosso seminário da 6ª Semana Social Brasileira: precisamos ser Ternos/ abertos ao diálogo, Teimosos/ resistentes (direitos, valores e princípios são inegociáveis) e agentes de Transformação por uma sociedade solidária, fraterna e justa. Neles (T’s), tivemos momentos místicos, lúdicos com as crianças, culturais e falas de entidades eclesiais, sociais, estudantis e sindicais. Vários foram os gritos: juventudes, mulheres, migrações, LGBTQI+, indígenas, teto, terra, trabalho, economia solidária, energias alternativas, crianças e adolescentes e pacto pela Vida e pelo Brasil.
Trouxemos o Sonho Ecológico da “Querida Amazônia”, simbolizado pelo carro ecológico, no qual, fomos escrevendo nossos gritos. Tratou-se de uma singela homenagem à Irmã Telma Lage, vítima da covid-19 e que se encontra no céu olhando por nós: Irmã Telma, a tua resistência é a nossa resistência; a tua luta é a nossa luta; o teu grito é o nosso grito. Gratidão!
Por fim, ressaltamos a unidade, a organização, o trabalho em equipe, e acima de tudo, a continuidade de um processo e projeto comum a partir das bases. Com esta experiência, ousamos sonhar, resistir e lutar, na certeza de que estamos junt@s, e conectad@s num só coração. A Vida é a razão da nossa essência e existência, até as últimas consequências. Hoje e sempre, temos a convicção de que estamos do lado certo: dos pobres, trabalhadores, dos sem voz e sem vez. Sigamos com Ternura, Teimosia e na Transformação…
#Irmã Telma e todas as vítimas da covid-19 e desta nefasta política, Presente!
Por Ir. Danilo Correia Bezerra, FMS – Coordenação Pastorais Sociais/ Diocese de Roraima